quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Com fôlego de sobra, Daniel Dias fica com ouro e quebra recorde mundial- Natação masculina- Paralimpíadas- Londres 2012

Daniel Dias vibra ao conquistar o primeiro ouro do Brasil em Londres (Foto: Buda Mendes / CPB) Depois de ter avançado com folga nas eliminatórias dos 50m livre da categoria S5, o brasileiro Daniel Dias confirmou o favoritismo e nadou sem dificuldade rumo à medalha de ouro na final disputada nesta quinta-feira no Centro Aquático de Londres. Com 32s05, Daniel ainda alcançou o novo recorde mundial e aposentou a marca anterior (32s27), que ele havia registrado em 2010. A vitória inédita nos 50m livre, categoria em que levou a prata em Pequim-2008, é o primeiro passo da campanha que pode transformá-lo no maior campeão paralímpico do Brasil.
                  - Eu estou muito feliz, mas quero continuar nadando bem, ainda tenho muitos dias de competição pela frente. Mas é emocionante conquistar a primeira do Brasil, estou realmente muito empolgado - disse, em entrevista ao SporTV.
                  Atual detentor do título de maior campeão paralímpico brasileiro, Codoaldo Silva manteve a quinta posição das eliminatórias desta manhã, mas melhorou o tempo e cumpriu a prova em 34s99. Principal adversário dos brasileiros, o espanhol Sebastian Rodriguez conquistou a medalha de prata (33s44) e deixou o bronze para o americano Roy Perkins (33s69).
                   Com os nove pódios na China, a vitória nesta quinta-feira e mais sete chances de medalha em Londres, Daniel pode se consolidar como maior atleta paralímpico da história do Brasil, caso consiga superar as 13 medalhas do colega Clodoaldo Silva e da ex-velocista Ádria Santos.
                   No Parapan de Guadalajara, no ano passado, Daniel Dias teve 100% de aproveitamento e fechou sua participação com 11 ouros em 11 provas. Em Pequim-2008, na estreia em Jogos Paralímpicos, o atleta de Campinas, no interior de São Paulo, conquistou nove medalhas - quatro de ouro. O paulista subiu ao lugar mais alto do pódio nas modalidades 100m e 200m livre, e 50m costas, na categoria S5, e 200m medley SM5.
                    Clodoaldo conquistou o ouro nos 50m livre em Atenas-2004, mas na categoria S4. O nadador de 33 anos teve sua funcionalidade reavaliada para Pequim-2008 e foi reclassificado para a categoria S5. A mudança de classe, que foi contestada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro sem sucesso, refletiu no desempenho do atleta durante a competição: apenas uma prata e um bronze em provas de revezamento, pouco para quem havia conquistado seis ouros e uma prata quatro anos antes.
                     - Quando competi em Atenas, as pessoas não sabiam o que era esporte paralímpico. Então, fico muito feliz por ter contribuído para mudar essa realidade, por ter aberto portas para os novos atletas brasileiros. Com o resultado de hoje, fico ainda mais incentivado a lutar para melhorar meu tempo - disse Clodoaldo, em entrevista ao SporTV.
                     De acordo com a defesa de Clodoaldo, a paralisia cerebral que o nadador possui não é progressiva, nem regressiva. Por isso, mesmo que o nadador melhore sua performance técnica, a deficiência permanece no mesmo nível. Apesar do argumento não ter sido aceito, o “Tubarão das Piscinas” decidiu competir em Pequim e, além dos 50m livre, disputa mais três provas em Londres pela S5: 100m e 200m livre, e 50m borboleta. Cinco recordes mundiais estabelecidos por Clodoaldo na classe S4 ainda não foram quebrados: 50m, 100m e 200m livre, 50m borboleta e 150m medley.
                    Confira os resultados da final dos 50m livre S5 masculino:
                      1) Daniel Dias (BRA): 32s05 (recorde mundial)
2) Sebastian Rodriguez (ESP): 33s44
3) Roy Perkins (EUA): 33s69
4) Dmytro Kryzhanovskyy (UCR): 34s97
5) Clodoaldo Silva (BRA): 34s99
6) Anthony Stephens (GRA): 35s74
7) Thanh Tung Vo (VIE): 36s05
8) Andrew Mullen (GRA): 38s08
                     Joana Neves fica em quarto na final feminina
                     Estreante em Paralimpíadas, a brasileira Joana Neves ficou em quarto lugar na final feminina dos 50m livre S5. A nadadora potiguar, que alcançou o terceiro melhor tempo geral (38s73) nas eliminatórias, melhorou o tempo e cumpriu a prova em 38s11, batendo sua melhor marca (38s68) e estabelecendo o novo recorde americano da categoria. Apesar disso, não conseguiu superar as favoritas.
                      A ucraniana Nataliia Prologaieva manteve a dianteira e conquistou o ouro, com 35s88, e foi seguida de perto pela espanhola Teresa Perales, detentora do recorde mundial e paralímpico, que levou a prata ao cravar 36s50. O bronze foi para a israelense Inbal Pezaro (37s89).
                      Além dos 50m livre, Joana Neves competirá mais quatro vezes em Londres, nas modalidades de 100m e 200m livre, 50m borboleta e 200m medley. A potiguar foi diagnosticada com acondroplasia, uma das formas mais comuns de forma mais comum de nanismo, com apenas 1 ano e seis meses de vida.
                      A prática da natação começou por recomendação médica, aos 10 anos, e Joana passou a competir apenas três anos depois. Nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no ano passado, a brasileira conquistou quatro medalhas de ouro, nos 50m, 100m e 200m livre, e 50m borboleta.
                       Confira os resultados da final dos 50m livre S5 feminino:
1) Nataliia Prologaieva: 35s88
2) Teresa Perales (ESP): 36s50
3) Inbal Pezaro (ISR): 37s89
4) Joana Neves (BRA): 38s11
5) Viktoriia Savtsova (UCR): 38s50
6) Katalin Engelhardt (HUN): 44s06
7) Simone Fragoso (POR): 44s78
8) Lisette Teunissen (HOL): 44s82

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Atrás de 8 pódios, Andre conquista primeira medalha do Brasil na natação- Natação masculina- Paralimpíadas- Londres 2012

 Andre Brasil paralimpíadas de Londres (Foto: Buda Mendes / CPB) Primeiro brasileiro a garantir vaga para as finais da natação nesta quinta-feira, André Brasil também conquistou a primeira medalha do país na natação. Na final dos 200m medley SM10, disputada no Centro Aquático de Londres, o carioca melhorou a marca registrada nas eliminatórias desta manhã, quando ficou com o terceiro melhor tempo, e levou a medalha de prata, ao cumprir a prova em 2m12s36. O ouro ficou com o canadense Benoit Huot (2m10s01), que reduziu a melhor marca em 25 décimos e estabeleceu o novo recorde mundial, e o bronze ficou com o australiano Rick Pendleton (2m14s77), ex-detentor do recorde paralímpico em Pequim-2008.
                  Com o resultado, Andre Brasil cumpre a primeira etapa de sua ambiciosa meta para Londres. O nadador de 28 anos pretende subir ao pódio em todas as oito provas que disputará. Depois dos 200m medley SM10, o brasileiro ainda estará presente nos 50m, 100m e 400m livre, 100m borboleta e 100m costas, e revezamento 4x100m livre e 4x100m medley, pela categoria S10, para nadadores com limitações físico-motoras. Andre retorna às piscinas do Centro Aquático de Londres nesta sexta-feira, para a disputa dos 50m livre.
                   Em Pequim-2008, Andre voltou para casa com cinco medalhas. Além da prata nos 200m medley SM10, o nadador conquistou quatro medalhas de ouro: 50m, 100m e 400m livre, e 100m borboleta, pela categoria S10. O carioca também coleciona títulos em Mundiais e Jogos Parapan-Americanos. Na edição de Guadalajara, no ano passado, Andre conquistou medalhas de ouro nas seis provas em que foi inscrito, com 100% de aproveitamento.
                    Aos três meses de idade, Andre adquiriu uma sequela na perna esquerda em decorrência da poliomielite (paralisia infantil), ocasionada por reação à vacina. O carioca iniciou sua carreira como nadador profissional em 1992. Em 2005, ingressou no paradesporto, mas continuou disputando competições para atletas sem deficiência. Atualmente, Andre defende o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo.
                    Confira os resultados da final dos 200m medley Sm10:
1) Benoit Huot (CAN): 2m10s01 (recorde mundial)
2) Andre Brasil (BRA): 2m12s36
3) Rick Pendleton (AUS): 2m14s77
4) Kevin Paul (AFS): 2m15s26
5) Sven Decaesstecker (BEL): 2m15s99
6) Lucas Ludwig (ALE): 2m17s31
7) Ian Jaryd Silverman (EUA): 2m18s23
8) Isaac Bouckley (CAN): desclassificado


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Brasil 6 x 5 Finlândia- Goalball- Paralimpíadas- Londres 2012

Brasil comemora vitória no goalball nas paralimpíadas (Foto: EFE) O Brasil se acostumou a ver gols de Romário nos campos de futebol, mas nesta quinta-feira foi um xará do craque da Copa de 94 que garantiu a vitória na estreia da seleção brasileira masculina de goalball nas Paralimpíadas de Londres 2012. Com quatro gols do potiguar Romário Marques, a equipe derrotou a Finlândia por 6 a 5 e começou bem a disputa no Grupo A.
                   Depois de abrir 3 a 1 no primeiro tempo, o Brasil passou sufoco para derrotar a seleção finlandesa, mas contou com os quatro gols de Romário e outros dois de Filippe Silvestre para vencer a partida.
                    - Foi nossa primeira vitória numa estreia paralímpica, e diante de uma equipe candidata a medalha. Isso vai dar muita confiança para os meninos, mas precisamos ter em mente que nossa chave é dificílima. Cada jogo será uma pedreira - destacou o técnico Alessandro Tosim, lembando que a Lituânia, atual campeã mundial, está mesmo grupo do Brasil.
                    A seleção brasileira volta a jogar nesta sexta-feira, às 9h45m (de Brasília) contra a Suécia, medalhista de bronze em Pequim 2008. Na competição feminina, o Brasil estreia ainda nesta quinta, às 15h45m, contra a Dinamarca, que ficou com a terceira posição nos Jogos de Pequim.
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Judô repete Olimpíadas e garante a primeira medalha para o Brasil- Judô feminino- Paralimpíadas- Londres 2012

Michele Ferreira Judô medalha de prata paralimpíadas (Foto: Fernando Maia / CPB) Assim como nos Jogos Olímpicos, com Felipe  Kitadai e, depois, Sarah Menezes, a primeira medalha do Brasil nas Paralimpíadas de Londres chegou pelo judô. Michele Ferreira conquistou o bronze no tatame da Arena Excel, na categoria -52kg. A brasileira passou por altos e baixos na competição, mas contou com a sorte na última luta. A francesa Sandrine Martinet, machucada, não conseguiu voltar à competição para a disputa do bronze.
                    Michele não começou bem sua campanha em Londres. Logo na primeira luta perdeu por yuko para a russa Alesia Stepaniuk. Na repescagem, conseguiu lançar Kilic Gulhan, da Turquia, ao chão por duas vezes e ganhou com dois wazaris de vantagem.
                     O bronze chegou após a desistência de Sandrine Martinet, que havia se machucado na semifinal, contra a ucraniana Nataliya Nikolaychyk. Ela lesionou a perna esquerda e passou todo o combate chorando. Deixou a arena logo depois.
                      Conquista 'estranha' consolida retorno após gravidez
                     Apesar de a adversária já nem estar mais no Excel, Michele não foi avisada de que já tinha garantido a medalha por antecipação. Ainda na adrenalina pela vitória na repescagem, a sul-mato-grossense controlou o nervosismo, fez todo aquecimento e, já no tatame, foi pega de surpresa.
                     - Foi uma coisa muito estranha. Nunca passei por isso. Ainda estou meio assim: “O que houve?”. Fiz uma luta (a primeira) muito difícil, de cinco minutos, e perdi. Aí, no final eu ganho a medalha sem nem lutar. Ninguém me avisou nada. Fui até pertinho de entrar no tatame sem saber. Corri, me preparei, aqueci, disse para meu técnico que estava nervosa. Fiquei o tempo todo pensando que ia lutar.
                     O bronze que “caiu no colo” coroou um ciclo olímpico curto e marcado pela superação, mas não por conta da deficiência visual. Também terceiro lugar nos Jogos de Pequim-2008, a judoca ficou dois anos longe dos tatames para dar a luz a filha Emily, hoje com três anos.
                      Com a carreira restabelecida, Michele voltou a competir internacionalmente somente no ano passado e o quinto lugar no Mundial da Turquia por pouco não a deixou fora dos Jogos de Londres. A vaga foi conquistada somente com o ouro no Parapan de Guadalajara-2011.
                      - Voltar foi a etapa mais difícil, mais até do que começar. Quando começamos, estamos aprendendo. Depois, é mais complicado recuperar o que perdeu, voltar a parte física. Na gravidez eu engordei uns 18 quilos. Recebi muito apoio do meu técnico neste período. Ele confiou em mim. Dedico a medalha a ele e a minha filha.
                                  Karla perde bronze
                       A outra judoca brasileira em ação, Karla Ferreira teve um início de dia diferente de Michele. Com uma vitória sobre a chinesa, Xiaoli Huang, por um yuko, já pelas quartas de final, a atleta do Flamengo que por duas vezes ficou com a prata em Jogos Paralímpicos - Pequim e Atenas - teve a oportunidade de chegar em mais uma final, mas caiu por dois yukos a um diante de Kai-Lin Lee, de Taiwan.
                       Antes uma das favoritas para conquistar o ouro, Karla teria que se recuperar para brigar pelo bronze. Mas, com uma tática de luta que não encaixou contra Victoria Potapova, da Rússia, a brasileira acabou derrotada após sofrer um yuko faltando pouco mais de dois minutos para o final do confronto.
                       Pela categoria -66kg, Magno Marques também lutaria neste primeiro dia de competição, mas foi considerado inelegível pelo Comitê Paralímpico Internacional e não pôde participar.
 
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domingo, 19 de agosto de 2012

Suécia 0 x 3 Brasil

 Brasil e Suécia fizeram um jogo aonde o Brasil se recuperou da prata em Londres e também foi a despedida do estádio Rasunda, palco da final da Copa do Mundo de 1958, 1° vencida pelo Brasil e contra a Suécia, por 5 a 2.
                   O Brasil entrou com o uniforme retrô, igual ao usado em 58. Pelé fez um discurso ao lado de alguns companheiros da época e deu o pontapé inicial passando a bola para Neymar.
                   No jogo, o Brasil começou melhor, o goleiro Gabriel estava mais seguro do que nos jogos olímpicos e Leandro Damião de cabeça abriu o placar. o 2° tempo, o Brasil chutou a bola bateu na cabeça de Pato, sobrou para Daniel Alves, que dividiu com o goleiro e colocou na cabeça de Pato para ampliar. Pato de pênalti fez seu 2° e deu números finais a partida.
                   Agora em setembro o Brasil faz amistosos contra a China e África do Sul.

Wigan 0 x 2 Chelsea

Oscar na partida do Chelsea contra o Wigan (Foto: Reuters) Foram apenas 30 minutos em campo. Mas já deu para o torcedor do Chelsea começar a entender por que o clube pagou 25 milhões de libras (R$ 79,2 milhões) por Oscar. O ex-jogador do Internacional estreou neste domingo pelo campeão europeu e deixou boa impressão na vitória de 2 a 0 sobre o Wigan, fora de casa, pela primeira rodada do Campeonato Inglês.
                   O novo dono da camisa 11 deixada por Didier Drogba começou no banco, entrou aos 18 do segundo tempo (o jogo acabou aos 48), quase balançou a rede em seu primeiro lance e deu um belo toque de calcanhar. O suficiente para empolgar a torcida do Chelsea, que já vencia a partida com gols de Ivanovic e Lampard nos primeiros sete minutos de jogo.
                   O volante Ramires ficou fora da relação do técnico Roberto di Matteo por causa de um mal-estar. O único brasileiro titular do Chelsea na estreia da Premier League foi o zagueiro David Luiz, que ficou em campo os 90 minutos e levou um cartão amarelo.
                    No primeiro tempo, o destaque dos campeões europeus foi o também recém-contratado Hazard. O belga (ex-Lille, da França) formou o ataque ao lado do espanhol Fernando Torres e logo aos 2 minutos deu o passe para Ivanovic abrir o placar em um rápido contra-ataque. Cinco minutos depois, Hazard entrou na área e foi derrubado. Pênalti. Frank Lampard cobrou e marcou o segundo dos visitantes no DW Stadium.
                     Na etapa final, a melhor chance de gol do Chelsea aconteceu aos 18, quando Torres entrou cara a cara com o goleiro Al Habsi e tocou na saída dele, mas o zagueiro Ramis conseguiu cortar em cima da linha.
                      Aos 18, Di Matteo tirou Hazard e promoveu a estreia de Oscar. Logo no primeiro lance com a bola, o brasileiro quase fez o terceiro do Chelsea. O camisa 11 arrancou pela direita, ganhou de Ramis na corrida e bateu cruzado, perto da trave direita de Al Habsi. Logo em seguida, o ex-meia do Inter chamou a atenção novamente ao dar um belo toque de calcanhar para Ivanovic no ataque, mas o cruzamento acabou não levando perigo para o Wigan.
                      Já aos 39, o Wigan teve grande oportunidade de diminuir o placar. Koné, principal reforço da equipe na temporada, entrou pela esquerda e cruzou para Gomez, que acertou um belo voleio e mandou a bola rente ao travessão do goleiro Cech.
                       Oscar voltou a aparecer bem aos 43, com um lindo toque por cima da zaga do Wigan novamente para Ivanovic, mas a zaga conseguiu cortar e evitar o ataque dos Blues dentro da área.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Yane Marques brilha e conquista o bronze inédito no pentatlo moderno- Pentatlo moderno feminino- Londres 2012

Yane, medalha de Bronze no Pentatlo (Foto: Agência AFP) Ela saiu da cidade de Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano, de apenas 35 mil habitantes, para ganhar o mundo e fazer história nas Olimpíadas de Londres. Depois de começar a etapa final do pentatlo moderno na liderança da prova ao lado da lituana Laura Asadauskaite, Yane Marques conquistou neste domingo a medalha de bronze, a primeira do Brasil na modalidade em Jogos Olímpicos.
                     Na última competição dos Jogos de 2012, a brasileira e a lituana largaram na frente, mas Asadauskaite teve um rendimento melhor na corrida e, com um ritmo forte, disparou na liderança, garantindo a medalha de ouro. A britânica Samantha Murray também conseguiu ultrapassar a brasileira, que segurou a americana Margaux Isaksen nos metros finais e, exausta, se jogou no chão após cruzar a linha de chegada. Apenas depois de alguns minutos ela conseguiu se levantar para comemorar a medalha inédita.
                      - Tudo que eu falei antes de chegar aqui aconteceu. Cheguei no auge da minha forma física, joguei muito bem taticamente durante a prova e, como eu dizia, se tudo corresse bem, teríamos o que comemorar. Estou orgulhosa, é uma responsabilidade. Eu queria que essa fosse a última Olimpíada com apenas um brasileiro participando no pentatlo, tenho certeza de que a partir de 2016 essa historia vai mudar - disse Yane ao Sportv.
                      Na última das quatro provas, o combinado (tiro e corrida), as atletas correm 3.000 metros e têm três paradas para atirar - cada um precisa acertar cinco vezes o alvo, que fica a 10 metros de distância, no tempo-limite de 70 segundos. Quem alcançar a melhor pontuação nas outras provas (esgrima, natação e hipismo) larga na frente na corrida. Os pontos são transformados em segundos, que determinam o intervalo entre a saída de cada atleta. Cada quatro pontos correspondem a um segundo, ou seja, uma diferença de 40 pontos implica um intervalo de 10 segundos entre as atletas.
                       A conquista do bronze premiou a regularidade de Yane, de 28 anos. Na esgrima, que abriu a disputa do pentatlo moderno, ela ficou em sexto lugar. Na natação, ela também foi a sexta melhor, pulando para a segunda colocação no geral. Em sequência, veio hipismo, etapa em que ela foi a nona colocada, mas, no geral, assumiu a liderança, ao lado da Laura Asadauskaite, atual líder do ranking mundial.
                       Na prova que unia corrida e tiro, a europeia confirmou seu favoritismo. Porém, as três medalhistas encontraram razões para comemorar muito. Com grande apoio da torcida, a segunda colocada, Samantha Murray, garantiu a última medalha britânica nos Jogos de Londres e chegou a pular no pódio, enquanto Yane, emocionada, beijava seu bronze, que tinha o doce sabor da vitória.
                        O pentatlo moderno compõe-se por cinco modalidades diferentes, tem mais de 10 horas de duração, contando os intervalos, e é disputado na seguinte ordem: esgrima, natação, hipismo e combinado (corrida e tiro). É proclamado vencedor aquele que obtiver o melhor desempenho geral. O esporte surgiu na Grécia Antiga em 708 a.C., tendo Lampis de Esparta como seu primeiro campeão. No início do século XX, o Barão de Coubertin decidiu estimular a realização do pentatlo moderno justamente para colocar a modalidade nos Jogos Olímpicos. O pentatlo estreou nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo. Cem anos depois, uma mulher forte nascida no sertão gravou seu nome na história da esporte brasileiro.
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Rússia 3 x 2 Brasil- Final- Vôlei masculino- Londres 2012

vôlei Vladimir Alekno treinador da rússia londres 2012 (Foto: Agência AP) "Será que eu errei tudo?" O tombo feio diante dos cubanos na Liga Mundial, em julho, fez a pergunta martelar na cabeça de Bernardinho pela primeira vez. No dia seguinte, a derrota para a Polônia tirou o Brasil do torneio e enfiou uma dose extra de angústia na bagagem que a seleção masculina de vôlei carregou para Londres. Mas será que ele tinha errado tudo? Ao longo do caminho na Inglaterra, o time cresceu, derrubou adversários de peso e, sem americanos e poloneses pela frente, avançou feroz até a disputa do ouro. Neste domingo, a equipe se agigantou nos dois primeiros sets contra a Rússia. E quando a coroa parecia estar de volta, tudo mudou de novo, com os europeus arrancando um empate heroico, forçando o tie-break e sacramentando uma virada que parecia impossível. Com suados 3 a 2 (19/25, 20/25, 29/27, 25/22, 15/9), a Rússia é campeã olímpica pela primeira vez desde o fim da União Soviética. E a seleção de Bernardinho, prata pela segunda vez seguida, carrega suas dúvidas na volta para casa.
                       No jogo que marcou a aposentadoria de Giba da seleção e provavelmente a última participação olímpica de craques como Serginho, Ricardinho e Rodrigão, o Brasil viu o ouro na mão. No terceiro set, abriu 21/18 diante de uma Rússia mortinha e precisava de mais quatro pontos para iniciar a festa. Giba ainda entrou pela primeira vez, para sentir o gosto da conquista, e o Brasil teve dois match points. Mas o último sabor foi amargo. Veio a virada, e a seleção verde-amarela foi se afundando nos próprios erros. Melhor para o gigante Dmitriy Muserskiy, de 2,18m. O técnico Vladimir Alekno ousou e o lançou como oposto. Deu certo. Muserskiy fez 31 pontos - 26 depois da mudança - e conduziu seu país numa reação antológica.
                        A exemplo de Pequim, o Brasil encerra a campanha londrina com a prata. É o sexto pódio olímpico de Bernardinho: prata como jogador em 1984, bronze à frente da seleção feminina em 1996 e 2000, ouro com a masculina em 2004, e os dois vice-campeonatos em 2008 e 2012. A diferença é que, desta vez, a conquista estava próxima, por um triz. E a derrota ofuscou a grande atuação do caçula Wallace, com 27 pontos, seguido pelos 18 de Murilo. O badalado oposto Maxim Mikhaylov fez "apenas" 17, mas vai voltar para casa com o que mais importa: o ouro no peito.
                                      Início arrasador
                        Quando a bola subiu para o primeiro saque, ainda dava para encontrar um bocado de cadeiras vazias na Arena de Vôlei, mas foi por pouco tempo. Logo o ginásio estava lotado e, como de hábito, com as arquibancadas tomadas pelo amarelo. A torcida russa fazia barulho, mas logo era abafada pela brasileira, que desde o início do torneio apoiou as seleções masculina e feminina.
                         Havia uma expectativa de que a Rússia da final não seria a mesma presa frágil da primeira fase, mas o Brasil não quis nem saber. Abriu logo 3/0 como se estivesse treinando em Saquarema e, na primeira parada técnica, já vencia por 8/5, com três pontos de Murilo. Wallace também conseguia virar com facilidade, ao contrário do temido Mikhaylov, que não conseguia se encontrar. Sem sustos, a seleção de Bernardinho fechou o primeiro set em 25/19.
                         No segundo, opa, os russos se engraçaram e abriram 2/0. Mas foi só um blefe. Na parada técnica, já era o Brasil que vencia por 8/4, com o pé nas costas. O placar não chegou a deslanchar, mas Wallace cresceu na hora certa e manteve a vantagem. Com um bloqueio simples de Lucão, o placar chegou a 19/15 e deu à equipe verde-amarela o conforto necessário para se manter à frente. Bastou controlar o ritmo para fechar a tampa da parcial em 25/20.
                          Na história do vôlei nas Olimpíadas, nunca tinha acontecido de um país abrir 2 a 0 na final e sair derrotado. Mas a história está aí para ser refeita. No terceiro set, a Rússia acordou e pareceu disposta a quebrar o tabu. Vencia por 8/7 na primeira parada, mas já perdia por 16/15 na segunda. A vantagem se ampliou para 21/18, e a torcida brasileira não parava de cantar. Dante e Murilo se abraçaram e sorriram, sentindo que a conquista estava próxima.
                           A Rússia não se entregou e, no 23/22, Giba tirou o agasalho e, com seu cavanhaque da sorte, foi à quadra pela primeira vez para sentir o gosto de mais um ouro. A torcida veio abaixo, mas o atacante jogou apenas um ponto, viu o rival empatar e voltou para o banco com um sorriso amarelo, porque a festa virou preocupação. Os russos salvaram um match point, arrancaram uma reação inesperada e calaram a torcida brasileira. Venceram o terceiro set por 29/27 e jogaram a tensão para o outro lado da rede.
                                     Muserskiy decide
                            Bernardinho voltou com Giba para a quarta parcial. O sistema de Bernardinho já parecia não funcionar tão bem, e os russos venciam na primeira parada técnica por 8/7. Mikhaylov, que dormia desde o primeiro set, estava de volta ao jogo, mas era o gigante Muserskiy que continuava puxando o ataque. Giba virou alvo na defesa e não conseguia virar uma bola sequer no ataque. Assim, a diferença chegou a 18/13 e, quando o brasileiro voltou para o banco, o estrago já estava feito. A Rússia abriu meia dúzia de pontos e só precisou controlar até o fim: 25/22. Tudo igual na arena, e um ouro que parecia certo foi para a disputa do tie-break. 
                             Abatido, foi o Brasil que virou presa fácil no set decisivo. Com os russos soltando o braço, a diferença foi subindo até chegar a 9/4. Bernardinho parou o jogo, conversou com o time, mas não adiantou. O momento era todo russo. Com Muserskiy martelando uma atrás da outra, o jogo voltou a parecer um treino em Saquarema, mas um treino ruim, daqueles em que nada dá certo. O líbero Obmochaev já pulava pela quadra quando o placar estava em 12/6. Terminou em 15/9. E a alegria de sábado com as meninas virou uma tristeza sem fim no domingo com os rapazes. 
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Estados Unidos 107 x 100 Espanha- FInal- Basquete masculino- Londres 2012

LeBron James na final do basquete entre Estados Unidos e Espanha (Foto: Reuters)Depois de passear em quadra durante a maior parte das Olimpíadas de Londres, os Estados Unidos finalmente tiveram um grande desafio no basquete masculino. Como era de se esperar, a Espanha lutou muito neste domingo, às vezes quase literalmente, e obrigou a seleção americana a trabalhar muito para conseguir seu 14ª ouro olímpico. Mas os americanos contavam com um menino de 23 anos chamado Kevin Durant. Com 30 pontos e nove rebotes do jogador do Oklahoma City Thunder, os favoritos confirmaram sua superioridade e venceram por 107 a 100. Mais cedo, a Rússia havia garantido o bronze ao derrotar a Argentina por 81 a 77.
                     - Eu era um daqueles garotos que assistiram ao Dream Team de 1992 e diziam: "É ali que quero estar". Vinte anos depois, estou aqui com o ouro. Isso significa muito, até porque nosso país está nos empurrando. Quando estamos treinando, de portas fechadas, são muitas horas de esforço - afirmou Carmelo Anthony, que fez oito pontos neste domingo.
                     LeBron James, que se juntou a Michael Jordan e Scottie Pippen como os únicos jogadores a serem campeões olímpicos e da NBA no mesmo ano, fez mais 19 pontos para os americanos, e Kobe Bryant marcou 17. Do lado espanhol, o maior pontuador foi Pau Gasol, com 24 pontos. Juan Carlos Navarro fez 21 (19 deles no primeiro tempo), e Marc Gasol marcou 17.
                                 O jogo
                      A partida começou nervosa, com as equipes dando trabalho aos árbitros, entre eles o brasileiro Cristiano Maranho. Primeiro, Marc Gasol e LeBron James se embolaram disputando uma bola. Pouco depois, foi a vez de Tyson Chandler e Rudy Fernandez se irritarem. Aos 5m56s do primeiro quarto, Jose Calderón fez falta dura em Kevin Durant e as equipes quase se desentenderam.
                       Mas também teve jogo. Juan Carlos Navarro acertou uma bola de três com 6m44s no relógio para marcar seu décimo ponto na partida e abrir 12 a 7. Mas os Estados Unidos responderam rápido. Após cesta de três de Kobe Bryant, os americanos já venciam por 15 a 12.
                      A vantagem americana chegou duas vezes a nove pontos, primeiro com uma bola de três de Carmelo Anthony (25 a 16), e depois com uma cesta de Kevin Love (30 a 21), mas a Espanha sempre dava um jeito de se aproximar. Podia ter encostado ainda mais quando Pau Gasol tentou uma cesta de três no último lace do quarto, mas Durant deu um belo toco, e o período terminou com os Estados Unidos vencendo por 35 a 27.
                       A Espanha voltou com tudo para o segundo quarto, marcou sete pontos seguidos para encostar no placar (35 a 34) e depois virou em uma cesta de três de Sergio Rodriguez (39 a 37). O jogo ficou nervoso novamente, e Tyson Chandler e Rodriguez se desentenderam depois que o espanhol deu uma cotovelada no peito do americano. As equipes passaram a se alternar na frente do placar. Os Estados Unidos até abriram sete pontos em uma cesta de Deron Williams, mas os espanhóis voltaram a se aproximar e foram para o intervalo perdendo por apenas um ponto (59 a 58) depois que Rudy Fernandez converteu dois lances livres.
                      O equilíbrio foi mantido na volta do vestiário, muito graças a Pau Gasol. O ala-pivô da Espanha marcou 15 pontos e não deixou os Estados Unidos se distanciarem. O máximo que os americanos conseguiram foi abrir cinco pontos, após dois lances livres de Kobe Bryant, mas Serge Ibaka apareceu bem no fim para deixar os espanhóis apenas um ponto atrás novamente, depois que o período terminou empatado em 24 a 24.
                       Com cinco pontos seguidos de Chris Paul, os Estados Unidos abriram 90 a 84 logo no início do quarto período. A situação poderia ter ficado um pouco mais complicada quando LeBron James fez sua quarta falta com 7m23s para o fim. Mas Kevin Durant e Kobe Bryant apareceram para colocar a vantagem em dez pontos: 97 a 87.
                       Teve até espaço para um pouco de show. Faltando 2m47s para o término, A Espanha deu espaço para LeBron James, que partiu para uma bela cravada. Marc Gasol respondeu na mesma moeda no lance seguinte, mas LeBron acertou uma bola de três na sequência para fazer 102 a 93. Chris Paul fez mais uma cesta para abrir 11 pontos (104 a 93), e os americanos começaram a se abraçar no banco. Os espanhóis não desistiram, seguiram lutando e até diminuíram a distância para seis pontos. Mas já era tarde. James Harden acertou um lance livre para fazer 107 a 100 e definir o placar. Pela 14ª vez em 18 torneios de basquete masculino em Olimpíadas, a festa era americana.
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Rússia 81 x 77 Argentina- Disputa do bronze- Basquete masculino- Londres 2012

Nocioni impede o russo Kaun de fazer a cesta  (Foto:  REUTERS/Mike Segar ) Não foi no estouro do cronômetro como na dramática vitória por um ponto sobre o Brasil na fase de classificação, mas novamente um arremesso de três pontos fez a diferença em favor da Rússia no basquete masculino dos Jogos de Londres. Com uma cesta certeira do armador Alexey Shved, cestinha com 25 pontos, a pouco mais de 30 segundos do fim da partida, o time europeu tirou a vitória das mãos da Argentina e venceu a disputa da medalha de bronze por 81 a 77 (38 a 40) em um final de partida emocionante e polêmico.
                   Além do herói da partida, os alas Andrei Kirilenko, com 20 pontos, e Vitaliy Fridzon, com 19, foram os destaques do time russo. Pelo lado argentino, mais uma vez Ginobili foi o grande nome com 21 pontos, seguido por Nocioni, com 16, e Delfino, com 15.
                                     O jogo
                   Seis pontos. Na luta pela tão cobiçada medalha de bronze do basquete masculino, essa foi a maior diferença que uma seleção conseguiu abrir sobre a outra durante um primeiro tempo de muito equilíbrio. Primeiro tempo em que cada país dominou um quarto. Se os primeiros dez minutos foram da Argentina, o segundo foi dos russos.
                    Se é que podemos chamar de predomínio a vantagem que cada seleção teve sobre a outra. No primeiro, a Argentina de Manu Ginobili e Luis Scola começou melhor, comandou as ações e abriu por duas vezes uma diferença de três pontos. Diferença essa que caiu para apenas um (20 a 19) com dois lances livres convertidos por Vitaliy Fridson, o mesmo que fez a cesta de três pontos contra o Brasil, ao fim do primeiro estouro do cronômetro.
                    A Argentina voltou para o segundo quarto decidida a resolver logo a parada, e até teve chance para isso. Mas um apagão de cinco minutos sem marcar acabou atrapalhando os planos do técnico Julio Lamas. Os argentinos, que chegaram a estar vencendo por 27 a 21, passaram a errar demais e assistiram a Rússia marcar 12 pontos consecutivos para abrir os mesmo seis pontos de vantagem (33 a 17).
                     Na mesma hora o treinador sul-americano pediu um tempo e parou o jogo. A conversa surtiu efeito e as bolas de Ginobili & cia. voltaram a cair. Para piorar, o ataque russo congelou e ficou quase os mesmo cinco minutos sem pontuar. Tudo equilibrado novamente. Mas o bom momento russo na segunda metade do primeiro tempo rendeu ao time europeu três pontinhos a mais no placar, garantindo uma diferença de 40 a 38 antes do intervalo.
                      Liderada pelos alas Kirilenko e Fridson, a Rússia voltou a ser melhor na volta do vestiário. Mas não o suficiente para deslanchar na partida. Apesar dos 12 pontos marcados pela dupla russa, seis para cada, a vantagem não passou dos dois pontos e a seleção européia foi para o período decisivo vencendo por 61 a 57.
                      Consistente na defesa e precisa no ataque, a Rússia se manteve cinco pontos à frente no marcador durante quase todo o quarto e parecia que não perderia o bronze por nada. Mas do outro lado da quadra estava Manu Ginobili. Com a frieza e a precisão de sempre, o camisa 5 argentino anotou sete dos seus 21 pontos nos últimos dois minutos, recolocou a Argentina em vantagem e deu a impressão de que seria o herói do jogo.
                      Mas um arremesso de três pontos de Alexey Shved a pouco mais de 30 segundos do estouro do cronômetro deixou os russos com a mão no bronze. Nocioni ainda tentou um arremesso de três, mas a bola rodou no aro e teimou em não entrar. Os russos ainda tiveram tempo para anotar mais dois pontos antes de comemorarem a vitória.
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Brasil 3 x 1 Estados Unidos- Final- Vôlei feminino- Londres 2012

Fernanda, Final do Vôlei, Brasil e Eua (Foto: Agência AFP) Se houvesse nocaute no vôlei, a final olímpica de Londres teria durado apenas 21 minutos. Foi o tempo que as americanas gastaram para carimbar nas brasileiras um primeiro set avassalador, com incríveis 14 pontos de diferença. Mas a disputa não era de boxe e, além do mais, as meninas que vestiam amarelo neste sábado conhecem muito bem a receita para ficar de pé antes que a contagem chegue a dez. O contragolpe foi imediato na segunda parcial, e, dali para a frente, a torcida que lotou a Arena em Londres viu um Brasil gigante. Valente. Campeão. Bicampeão olímpico. A vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os Estados Unidos não são imbatíveis. Que Hooker não é inalcançável. Que as meninas não têm medo de bicho-papão. E que José Roberto Guimarães é o único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante de um ginásio lotado e eufórico.
                   Não é do feitio de Zé Roberto encher o peito para alardear qualquer feito pessoal. Ele prefere entrar na festa com as jogadoras na quadra, mergulhar no peixinho, extravasar no grito. Ajoelhou-se no chão, vibrou muito com cada atleta e, enfim, respirou aliviado após sua campanha mais dramática. Campeão em 1992 com os homens e em 2008 com as mulheres, Zé não ganha as medalhas oficiais, que só cabem às atletas. Não importa. Em Londres, ele carregou o grupo na ponta dos dedos até o título. Ficou por um fio na primeira fase, de calculadora na mão, torcendo - ironia das ironias - por uma vitória das americanas na última rodada para sobreviver.
                    Sobreviveu e, mais que isso, cresceu. Derrubou a Rússia em jogo espetacular nas quartas, salvando seis match points no tie-break. Arrasou o Japão na semi, com um 3 a 0 sem ressalvas. E marcou para este sábado o reencontro com os EUA, quatro anos depois de batê-las em Pequim. Desta vez, o favoritismo estava do outro lado da rede, com todos os confrontos recentes pendendo para o lado americano. O primeiro set arrasador deixou a torcida com o estômago na boca. Mas a reação provou que, quatro anos depois, as brasileiras ainda são as melhores jogadoras de vôlei do planeta.
                     - A gente joga por amor. Sabemos que em alguns momentos a gente não conseguiu fazer o melhor e as críticas foram importantes pra gente ver que as pessoas acreditavam na gente. Não posso deixar de agradecer a esse grupo que foi incrível. Nas horas mais incríveis, a gente se uniu, se honrou - disse a líbero Fabi ao Sportv.
                                       Nocaute no início
                      Nervosa, assim como a torcida, a seleção não conseguia se encontrar no início da decisão. Até fez 1/0 com uma largadinha de Sheilla, mas as americanas entraram com o pé na porta e jeitão de favoritas. Abriram 6/1 com o luxo de não precisar de nenhum ponto de Hooker. Zé Roberto parou o jogo, os ânimos se acalmaram um pouco, mas só um pouco. Se na primeira parada o placar era de 8/3, na segunda já era de 16/7. Tonto em quadra, o Brasil viu as rivais abrirem 22/8 e praticamente só conseguiam pontuar nos erros do outro lado da rede, como os dois em sequência que deixaram o placar em 22/10. Nada aconteceu além disso. Em apenas 21 minutos, fim de papo, com incríveis 25/11.
                       Quando pareciam mortas, as meninas de Zé Roberto renasceram do nada e abriram a segunda parcial vencendo por 3/0. Ainda viram as rivais empatando logo em seguida, mas conseguiram se manter à frente, até com certa folga. Quando Garay soltou o braço e fez 11/6, o técnico Hugh McCutcheon parou para conversar com suas atletas. Zé estava mais calmo, e o time também, a ponto de segurar a reação e abrir de novo para 18/12, em bom momento de Jaqueline. As nocauteadas da vez eram as americanas, que não acharam as bolas e viram o Brasil igualar o jogo com a autoridade de um 25/17.
                        "O campeão voltou", gritava a torcida em altos decibéis numa arquibancada completamente tomada pelo amarelo, com pequenos focos de azul, vermelho e branco. O Brasil estava em casa, e motivado. Abriu o terceiro set vencendo por 6/2. Com autoridade, foi conduzindo bem a vantagem e segurou uma forte reação americana na metade da parcial. Na segunda parada, vencia por 16/13. Com Akinradewo virando todas, não foi fácil arrastar o set até o fim. Mas deu. Com Jaque, Garay e Sheilla largando o braço no ataque, veio o que ninguém imaginava após aquele primeiro set: 25/20 e uma virada na raça.
                        Na quarta parcial, nada de apagão. Concentrado, o time brasileiro sabia que do outro lado da rede não haveria entrega, mas manteve a cabeça no lugar para chegar à primeira parada técnica com 8/6. Com a capitã Fabiana crescendo, o que já estava bom ficou ótimo nos 16/10. Zé mandou à quadra Natália, outro símbolo de reação no grupo. Quase cortada por uma lesão na canela, ficou até o fim, entrou poucas vezes, mas é tão campeã quanto qualquer outra. Àquela altura, as americanas até ensaiavam uma reação, mas já não pareciam tão ameaçadoras. E o Brasil segurou até o fim, com a pancada de Garay que imortalizou o momento: 25/17, 3 a 1, ginásio histérico.
                         Festa dupla para as bicampeãs Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaisa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia. Festa mais do que merecida para Zé Roberto, ou apenas Zé. O único Zé tricampeão olímpico.
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Japão 3 x 0 Coréia do Sul- Disputa do bronze- Vôlei feminino- Londres 2012

Japão comemora bronze no vôlei contra a Coreia (Foto: Reuters) No duelo asiático pela disputa da medalha de bronze do vôlei feminino em Londres, o Japão mostrou sua força diante da Coreia do Sul e venceu por 3 sets a 0, parciais de 25/22, 26/24 e 25/21, neste sábado. Nas semifinais, as japonesas foram derrotadas pelo Brasil, enquanto as sul-coreanas perderam para as americanas na semifinal. Com o triunfo, o Japão voltou a ser terceiro colocado nos Jogos, posição obtida em Los Angeles 1984. O país também foi ouro em 1964 e 1976 e prata em 1968 e 1972.
                   A japonesa Sakoda fez a diferença na partida ao conseguir 23 pontos. No primeiro set, o Japão abriu vantagem de 9/7, permitiu a virada das sul-coreanas (11/10), mas se recuperou e venceu por 25/22. Na parcial seguinte, o panorama não se alterou. As japonesas fizeram 10/3, mas as sul-coreanas reagiram e diminuíram a distância para apenas um ponto (16/15). Na reta final do set, no entanto, o Japão manteve a tranquilidade e fechou em 26/24.
                    O terceiro set foi diferente dos demais. A Coreia do Sul segurou o ímpeto do Japão, abriu 12 a 10 no placar, mas abusou dos erros no ataque e viu a adversária fazer 14/13. O confronto ficou equilibrado e chegou a ficar empatado em 19/19. Mas as coreanas não souberam aproveitar o momento e acabaram amargando a derrota no período: 25/21. O bronze é japonês.
                     Obs: a final do basquete feminino foi vencida pelos Estados Unidos sobre a Rùssia e não será postada por uma falha no servidor.
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Austrália 83 x 74 Rùssia- DIsputa do bronze- Basquete feminino- Londres 2012

Austrália basquete feminino Rússia (Foto: AFP) A Rússia 'acordou' em quadra apenas no último quarto, mas não conseguiu virar o placar diante da Austrália pela disputa da medalha de bronze do basquete feminino dos Jogos de Londres. A equipe liderada pela ala-pivô Lauren Jackson aproveitou a vantagem obtida ainda nos primeiros três períodos da partida para vencer por 83 a 74 e assegurar o terceiro lugar no pódio olímpico.
                Destaque da equipe, Lauren Jackson anotou um duplo-duplo (25 pontos e 11 rebotes) e foi a cestinha da partida. Kristi Harrower, com 21 pontos, também teve boa participação. Pelo lado russo, Hammon fez 19 pontos e foi a principal pontuadora e Batkovic conseguiu 10 pontos.
                 Depois de três pratas seguidas (Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008), as australianas repetem a campanha de Atlanta-1996 e garantem o bronze. A Rússia, que terminou as duas últimas edições dos Jogos na terceira colocação, ficam em quarto e acabam foram do pódio. De olho no pentacampeonato, os EUA pegam a França, às 17h (de Brasília), neste sábado.
                  Além da medalha, Jackson conseguiu uma conquista pessoal na capital britânica. Depois de oito partidas nos Jogos, ela anotou 127 pontos e se tornou a maior pontuadora da história do basquete feminino olímpico, com 575 no total. Ela superou a brasileira Janeth, que tinha 535.
                  O jogo começou equilibrado, com as duas seleções buscando o ataque e se alternando à frente do placar. A 37s do fim, a australiana Suzy Batkovic recebeu fez a bandeja para garantir 17 a 16 no primeiro quarto. No período seguinte, a equipe da Oceania deslanchou. Inspiradas, Lauren Jackson e Kristi Harrower abriram distância para a Austrália no fim do primeiro tempo: 38 a 30.
                   No terceiro quarto, as russas ainda tentaram equilibrar as ações no começo com as cestas de Belyakova, mas as australianas aumentaram o ritmo e ampliaram a vantagem para 14 pontos (57 a 43). Com boa distância no placar, a Austrália puxou o freio e tentou valorizar a posse de bola. Por pouco não foi surpreendida. A Rússia foi superior no quarto (31 a 26), chegou a colocar pressão, mas não conseguiu reverter o marcador. Vitória por 83 a 74 e bronze para a Austrália.
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